terça-feira, 5 de maio de 2015

Sobre igualdade de City Blocks

A Muito Pipi sempre adorou um bom protector solar. Daqueles amigos que envolvem a pele numa névoa de brancura, daqueles suaves e gostosos que confortam uma pessoa, daqueles que brotam de embalagens maravilhosas. Mas fofos, nesta altura da vida confesso que adoro sobretudo qualquer um que não arda!
Antes do episódio acne do mal, eu usava basicamente todo e qualquer protector solar que me apetecesse, com uma forte inclinação para o mundo Antheliano. Com o início da aventura "Revolta Facial", e muito devido à introdução de um certo amiguinho ácido na minha rotina nocturna, esta pele que me cobre tem passado por uns momentos mais sensíveis (a vida Londrina, e a sua água dura de roer, também agitaram a coisa por estes lados). E pois que, de repente, os amados protectores solares de outrora deixaram de poder ser usados diariamente. Estava iniciada uma nova fase belezística, com a procura de alternativas não dolorosas.
Entre erros e acertos, o City Block Sheer SPF 25 da Clinique entrou na minha vida, como que empurrado pelas palavras apaixonadas de vítimas de pele sensível. Não irritante, fácil de espalhar e colorido mas muito leve. Resultado: pele com aspecto de pele. Luminosa, suave e livre de sofrimento. Pontos negativos? A cor única. Ainda que a cobertura seja muito leve, e por isso a cor não tenha o mesmo impacto que teria num produto com maior poder mascarante, a verdade é que para mim (uma branca assumida sem qualquer sombra de vergonha) o City Block Sheer é escuro. Mas bom... uma vez que acaba por ser atirado para todas as zonas que estão expostas, a coisa tende a não chocar.
Para além do City Block Sheer, a Clinique deu igualmente à luz um irmão mais potente, o Super City Block com SPF 40. Todo o carinho, todo o amor, toda a apreciação. Vai Clinique! Mas fofuras, leiam bem o que vos diz a Muito Pipi: eles podem ser irmãos. Mas não são gémeos!
Anda por aí um movimento de pessoas (da Clinique inclusivamente) que afirmam a pés juntos que as duas versões partilham uma mesma fórmula, diferindo apenas no nível de protecção solar. Uma mesma fórmula, uma mesma cor, uma mesma textura. Uma mesma fajutice, digo eu! 
Em termos de fórmula, e focando a atenção apenas no tipo de ingredientes usados para afastar raios solares com potencial maltratador, a verdade é que o City Block Sheer conta com o Dióxido de Titânio e Óxido de Zinco (dois filtros solares físicos) enquanto que o Super City Block vem abastecido com Óxido de Zinco, Octinoxate, Dióxido de Titânio e Octisalate (dois protectores físicos e dois químicos). Estamos a falar da presença de ingredientes bem diferentes fofuras. O que ganha toda uma importância especial pelo facto de muito pessoal de pele sensível ter dificuldades de relacionamento com protectores solares químicos. Então sensíveis do mundo, cuidado!
Como dona das duas versões, posso dizer que o City Block Sheer SPF 25 está muito acima do Super City Block SPF 40 no ranking amoroso Muito Pipi. Porquê? O Super City, embora ligeiramente mais claro, tem uma cobertura maior e é mais difícil de espalhar. O aspecto também é um pouco menos luminoso. E sim... já tive momentos de ardor com ele. Não sempre, mas em dias de pele mais louca a coisa não foi tranquila. Para além disso, e embora a marca grite aos sete ventos que é possível aplicar a versão SPF40 no contorno dos olhos, por estes lados a experiência não corrobora a afirmação Cliniquiana. Já o amigo com SPF 25, quando aproximado dos olhos, não gerou nenhum tipo de comportamento estranho.
Pausa para apreciação de provas. Na mão fantasminha à vossa esquerda vão encontrar não só duas filas de maravilhosas bolinhas como também dois espalhamentos de produto. Acho que não é preciso explicar a ninguém que é assim que se mostram, de forma profissional e científica, as características de um protector solar. Isto caso se estejam a questionar, claro.
A diferença é ligeira, mas as bolinhas mais à esquerda, feitas com o Super City Block SPF 40, são (pelo menos na vida real) mais claras e encorpadas. As da direita, provenientes de uma embalagem de City Block Sheer SPF 25, embora um pouco mais escuras são mais líquidas. Aliás, é fácil de perceber (espero eu!) que quando espalhados, os dois amiguinhos ficam com um aspecto bastante diferente.
Dito e mostrado isto, não se deixem enganar meus queridos! Se mais alguém vos disser que tudo o que tem "City Block" no nome é igual, esguichem-lhe protector para cima e fujam. Fujam!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O retocador de pilosidades oculares

Loucura! Um post! Loucura! Para falar de um assunto com quase 2 anos. Dupla loucura! E pois que é chegado o (atrasado atrasadão) momento de dedicar as próximas linhas ao S Curler da Shu Uemura. Loucura final! Bem sei que passou muito muitoooo tempo desde que falei dele (aqui) e prometi partilhar todos os pormenores escabrosos da nossa relação. Mas bom, este pessoa que vos escreve tem toda uma associação com a lentidão.
A Muito Pipi tem pestanas com alguma curva, é um facto. Mas tem igualmente olhos algo saídos (para usar as palavras de uma querida amiga a quem podemos chamar Janette!). Tudo embrulhado num misto de emoções que culmina num canto externo recheado de pestanas que parecem sair do olho e querer saltar para a pele, tal não é o entusiasmo com que se curvam para fora do espaço que deveriam orgulhosamente ocupar, dificultando profundamente toda e qualquer tentativa de chegar às reles com um curvex normal. 
E aqui entra o fofo do S Curler. Porque se há área em que este pequenino brilha é no ataque a coisas aparentemente indomáveis, particularmente quando enfiadas em locais de difícil acesso. No fundo para mim ele é um aperfeiçoador de pormenores das trevas. E para isso é muitíssimo bom!
Agora, uma coisa muito importante: manejar o material exige alguma experiência. Na verdade acho-o bem mais assustador do que um curvador de pestanas normal, em particular porque é suposto pressioná-lo contra a pálpebra para estabilizar o bicho. E esse momento tende a ser um bocado perturbador. Mas bom, com algum treino, amor e carinho a pessoa passa a aceitar que um esmagamentozinho ocular não é nada em comparação com a alegria que um bom empurrão nas pestanas causa.

Para o pessoal que se questiona se um destes substitui um dos grandes posso dizer, sem qualquer dúvida, que não. Para mim não mesmo! Acho o S Curler um excelente jogador de equipa. Um retocador sempre ao serviço da causa belezística. Mas nesta cara não é claramente a estrela da educação pestanal.