Para os não desiludidos com a alvura da minha pele, prossigamos com este post.
Embora eu seja detentora de um tom claro, a esmagadora maioria da minha família é bem morena. Não me entendam mal. Não sou uma branca frustrada. O problema não é tanto uma questão de inveja da escuridão alheia, mas sim de falta de referências maquiantes durante o crescimento.
Posto isto, falemos da minha mãe que, por desejar manter o anonimato (é difícil ter uma filha Muito Pipi), será carinhosamente tratada por Hortência. Quem a conhece tem noção de que é uma mulher pouco precupada com a beleza externa. Ainda assim, quando deseja empipalhar-se, sabe bem como destacar eficazmente os seus olhões escuros. Lápis preto na pálpebra e na linha de água (que é como quem diz rente ao olho, a partir do canal lacrimal) e magia. Hortênsia maravilha.
Vendo como um pretinho básico sempre funcionou a favor da sua progenitora, a Muito Pipi tentou durante anos reproduzir. E... não. Claramente não funcionou como desejava. Aquilo que na minha mãe proporciona um visual sofisticado e embelezador, em mim está mais para aspecto de saída nocturna elaborada. E meus queridos, nada contra a sempre amiga cor preta. Simplesmente não fazia o click de aparência suave e natural que eu tanto ansiava.
Depois de muitas tentativas de aplicação, na esperança de encontrar o meu lugar ao sol com o preto (Oi? Muito estranha esta frase) eis que um dia pensei em experimentar uma corzinha mais clara. Afinal não só de preto vive uma mulher (ai... não sei o que se passa hoje).
Branco foi a opção que fez mais sentido para mim na altura. Comprei o material e a partir daí tudo mundou. Emoção das emoções: fusão perfeita! Olhos evidenciados e aspecto suave. Alegria em forma bicuda. Amor eterno (pronto, já chega)!
Entretanto, ao longo do tempo, e para variar do branco, foram chegando a mim lápis beges e rosa que têm contribuído em muito para me fazer feliz.
Questão: Qualquer pessoa pode atirar com branco para a linha de água do olho? Com certeza fofuras. Não são só as pessoas clarinhas que se podem envolver com este abrilhantador ocular. Morenas, mulatas e negras do mundo, força na lapisada.
Confesso que não acredito em regras rígidas no que toca ao embelezamento físico. É tudo uma questão de experiência, de técnica e sobretudo, de gosto. Até porque, na verdade, seja qual for o tom de pele, o olhinho é sempre esbranquiçado. Testar é a única forma de perceberem se as coisas funcionam em vós. Sem medo de se divertirem e de serem felizes.
Mas qual é afinal o efeito do lápis claro que tem tresloucado o mundo? A ideia é um pouco a mesma do super queridinho iluminador: abrilhantar qualquer produção e evidenciar a zona onde foi aplicado. No caso dos olhos, cria a ilusão de maior dimensão num olhão bem aberto e descansado.

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