segunda-feira, 1 de abril de 2013

Em defesa das cutículas do planeta

Há injustiças no mundo dos cuidados de beleza. Há um sem fim de vítimas corporais que são maltratadas e ofendidas sem quaisquer limites. Corpos do mundo, a Muito Pipi vem em vosso auxílio!
É assim, com esta revoltada introdução, que venho defender as cutículas. Aquelas coisinhas que aparecem coladas às unhas e que tão denegridas têm sido por esses dedos fora. Paz às suas almas!
Confesso que sempre tive dificuldade em compreender a necessidade de arrancar as ditas cujas. Como se fossem umas grandes malfeitoras. Como se saissem disparadas unha fora, rumo a algum sítio inesperado. Porquê meus queridos, porquê?
Afinal elas são tão doces, tão transparentezinhas, tão amiguinhas. Barram a entrada a bactérias, fungos e outras coisas do mal. Protegem unhacas e corpaço de bichesas invisíveis a olho nú.Tudo pelo nosso bem. 
Não compreendo como depois de todo este trabalho a favor da comunidade das manápulas, ainda há quem queira enviá-las para o lixo. Para as profundesas da terra. Para o inferno. Não percebo. Não não.
Bem sei que por mais úteis que sejam, as cutículas nem sempre apresentam um formato esteticamente apelativo. Algumas parecem mesmo recortes infantis algo tresloucados. Ainda assim, podemos controlá-las sem as cortarmos. Por exemplo, depois do banho as fofas ficam mais maleáveis. Nessa altura, e com suavidade, podemos empurrar ligeiramente para trás as partes que nos desagradam.
De resto, basta tratá-las com carinho, como foi referido aquando de um post sobre as mãos. Não as expôr a produtos agrestes e hidratar (hidratar e hidratar) costuma ser o suficiente para as amestrar.
A pele que circunda dedinhos descuticulados apresenta frequentemente um certo aspecto inflamado e elevado. Claramente um sinal de revolta. De alarme. De chamamento. Uma aparição para assinalar maus tratos.
Castigados sejam os assassínos de cutículas (Não é a Muito Pipi que diz, são elas!)!

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